quinta-feira, 1 de março de 2012

Dialogar faz bem, mas a história tem que ser boa


Quer saber o quão importante é o diálogo para uma estratégia de comunicação? Basta entender a relação feita por Washington Olivetto, Chairman da WMcCann, que moderou a palestra do holandês Anrick Bregman, da Unit9: "muitas mulheres preferem um cara menos bonito, mas que conta boas histórias. Contar histórias é um patrimônio da humanidade. E claro, da publicidade", diz.
A maneira que Bregman encontrou para contar suas histórias nas campanhas das quais participou por meio da produtora digital, que tem origem britânica, leva em consideração a premissa de que a cada momento é preciso reinventar a conversa entre consumidor e marca. "O conteúdo é o rei da relação, mas ele continua sempre mudando. E o contexto é tudo, só que ele muda de acordo com o ponto de vista de cada um", analisa.
O grande desafio para as agências, diz, é justamente estabelecer o diálogo com diferentes tipos de consumidores em um ambiente que muda a cada segundo. Como exemplo ele citou uma iniciativa para a marca Baby Carriots, de cenouras, que queria um jogo para iPhone e que tivesse death metal na trilha. O detalhe: que ficasse pronto em apenas seis semanas. Outro case apresentado, Attraction, é um desenho animado situado no Japão do futuro, mas voltado para os jovens franceses para que parassem de fumar – uma campanha do ministério da saúde do país europeu. No coração das duas estratégias estava a interatividade. Ou seja: um formato que exige o estabelecimento de um diálogo.
Embora a tecnologia seja a base dessas duas campanhas, Olivetto lembrou que uma boa ideia é fundamental e que as estratégias não dariam certo sem isso. "Para cada prédio marcante sob o ponto de vista arquitetônico, há outros 10 mil que não contam história nenhuma", compara.
E essa ideia, analisa, varia muito dependendo de cada caso. "Não há uma fórmula mágica pronta. Até dizem que a dramaturgia tem 37 possibilidades básicas roteiros, e no humor, há sete piadas básicas. Mas essa relação entre conteúdo e capacidade de contar histórias é inesgotável", analisa.

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