quarta-feira, 4 de março de 2015

VC4 Entrevista - Roberto Fernandez

Entrevistamos Roberto Fernandez, esse publicitário que tem muita história pra contar pra gente.
Atualmente Roberto está trabalhando na agência BBH, em Londres!
Em um bate-papo super descontraído por Skype, ele compartilhou um pouco da sua experiência profissional com a gente.
Confira:


VC4 – Porque você escolheu a área de publicidade?
Roberto – “Escolhi propaganda porque gosto muito de arte e comecei a trabalhar com ilustração em quadrinhos desde muito pequeno, sete-oito anos já fazia isso intensivamente e com treze-quatorze anos comecei a fazer exposições. Isso me levou a ser chamado pra fazer projetos de design gráfico, como uma coisa alternativa, provisória, eventual, mas que foi ficando cada vez mais intenso. Então quando cheguei na idade de vestibular, conseguia muita convicção pra trabalhar como designer ou como publicitário. Eu achava que como publicitário tinha mais potencial, por isso que fui pra essa área. Então eu tinha, ao contrário de muita gente, na idade de vestibular, muita certeza de que eu queria trabalhar com isso.”

VC4 – Como você começou sua trajetória profissional? Em quais agências já trabalhou? Conta pra gente um pouco mais da sua história.
Roberto – “Bom, eu tenho um irmão gêmeo, idêntico, então a gente começou desenhando e fazendo exposições juntos. A nossa primeira exposição era de um personagem de quadrinhos que a gente tinha inventado chamado Almas Gêmeas, esse personagem era xifópago, um gêmeo com um corpo só e duas cabeças, ele passava por tipo de piada de que você consiga imaginar. Publicávamos também tiras de arte no jornal do Estado do Paraná. Estudamos na Federal do Paraná e logo no primeiro ano da faculdade já íamos montar uma agência, pois tínhamos muitos projetos, que vinham nos acompanhando desde os nossos quatorze anos de idade. Montamos a agência Almas Gêmeas, começamos a atender várias contas e o negócio foi crescendo, mas era completamente desorganizado, porque era só eu e o meu irmão que fazíamos tudo, atendimento, planejamento, produção, mídia, etc. Então foi legal pra saber como funciona uma agência e deu pra aprender bastante com os erros também. Porém, o nosso forte que era criação publicitária tava rolando muito pouco, assim optamos por fechar o nosso negócio e entrar em uma agência de verdade. Fomos contratados na Exclam, onde ficamos 3 anos. Saindo de lá fomos pra Master, na qual conseguimos ganhar um leão de prata em Cannes, o que pra propaganda no Paraná é uma coisa astronômica. Ganhar um leão de prata na categoria Print é muito raro, deve ter 2 ou 3 leões na história da propaganda e, a gente ganhou um deles. E isso abriu as portas pra São Paulo. Recebemos uma proposta na Almap, tentamos convencer essa agência a contratar nós dois, porém o Marcelo Serpa queria um só; pra decidir fizemos par ou ímpar e, o meu irmão (Renato Fernandez) ganhou. Peguei então meu portfólio e coloquei um sticker na capa que dizia assim: Marcelo Serpa contratou um gêmeo com portfólio igual. Mandei esse portfólio pra DM9, a qual me contratou na hora.”

VC4 – E agora você está em Londres! Qual a diferença entre as agências europeias e brasileiras?
Roberto – “Na verdade eu já tinha um pouco dessa noção de diferença, pois da DM9, fui pra Almap, ainda como diretor de arte, porém, ao ir migrar para a Thompson virei diretor de criação. A Thompson é uma agência muito mais global, então eu vivia nas reuniões em Londres, Nova Iorque, Singapura, etc., fazendo projetos globais. A criação no Brasil é muito focada em TV e print e fora do Brasil isso já não é mais o principal há algum tempo. O meu dia-a-dia não muda muito aqui; o que muda mesmo é viver em uma cultura diferente.”

VC4 – Que nomes da publicidade mundial você admira?
Roberto – As duas agências que eu mais admiro na história da propaganda são Wieden Kennedy e BBH, admiro fundamentalmente por causa de seus líderes. Nacionalmente admiro Marcelo Serpa e Nizan Guanaes, que são gênios com os quais já trabalhei.”

VC4 – Sobre o seu trabalho, como funciona o seu processo criativo?
Roberto – Não existe exatamente um processo criativo, o que tem é um processo de se provocar para que as ideias aconteçam. Tem que ter tempo e disposição para trabalhar muito. As boas ideias não vão vêm fácil. Tem uma frase do Picasso que eu cito sempre: Que a inspiração chegue não depende de mim. A única coisa que posso fazer é garantir que ela me encontre trabalhando. O nosso trabalho é parecido com a poesia, fazemos algo e ficamos refazendo até encontrar a excelência absoluta de executar aquela ideia. Uma coisa que eu aprendi é que você não atira no leão de ouro, mas sim na nota 6, depois você tenta a 7, depois a 8; assim depois de uma semana você vai ter um trabalho bom para apresentar, mas se você já começar buscando a nota 10 você vai acabar se frustrando. O Nizan me ensinou a fazer “o anúncio burro”, que é aquele anúncio sem ideia nenhuma, mas que diz exatamente o que tem que dizer. Se o anúncio produzido depois disser a mesma coisa, porém, de uma forma melhor, você conseguiu comunicar o que precisava.”

VC4 – Que característica você considera que seja essencial em um publicitário?
Roberto – “Ser extremamente curioso. Ter vontade de conhecer tudo sem nenhum preconceito. Gostar de ver, ouvir, ler de tudo um pouco. Você precisa tentar mostrar que é uma pessoa interessante e, se você não tem conteúdo não conseguirá.”

VC4 -  Você foi jurado em Cannes. Conte pra gente como foi essa experiência.
Roberto – “Ser jurado em Cannes é, sobretudo, uma aula. É muito difícil e desgastante, ainda mais sendo um jurado brasileiro, pois o Brasil é um dos países mais fortes na propaganda do mundo. Você tem que ser ao mesmo tempo um embaixador que tenta ajudar os caras lá de fora a entender o contexto das propagandas brasileiras, é uma grande responsabilidade. Tem que ter muita opinião.”

VC4 – O que te inspira a continuar na área da publicidade?
Roberto – “A certeza de que eu não me divertiria tanto em outra coisa. Eu tenho muita paixão pelo o que eu faço. Gosto muito de criar, gosto muito de arte. E, a publicidade é uma área que eu posso fazer isso e ser pago de uma maneira que eu possa me manter bem. No Brasil se quiser viver de arte é muito difícil. Me identifiquei desde muito jovem com a publicidade. Não me vejo fazendo outra coisa.”

VC4 – Queremos conhecer mais sobre você: quais são seus livros, filmes e bandas favoritas?
Roberto – Gosto muito de tudo, vejo de tudo. O último filme que vi foi Birdman, mas eu gosto muito de filmes que me emocionam, e esses geralmente não são filmes americanos. Dois exemplos são A Despedida e Lemon Three. Gosto de cinema argentino, pois sabem contar bem as histórias. Com relação à música eu gosto muito de samba, sambas de raiz essencialmente; e também de algumas bandas de rock. De livros eu adoro ler biografias.”

VC4 – Que recado você gostaria de dar a nova geração publicitária?
Roberto – “O principal recado é: Não esqueçam que vocês são a nova geração! As coisas que eu tenho visto da nova geração é a tentativa de copiar o que a geração que ta aí está fazendo. A Social Media nasceu junto com essa nova geração e isso faz com que a relação seja muito mais intensa, o que é uma vantagem. Enfim, é preciso ter uma nova forma de pensar.”

Roberto Fernandez por Skype, em entrevista com a VC4.


terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

VC4 Entrevista - Eugênio Mohallem

Hoje o "VC4 Entrevista" foi com um dos mais renomados publicitários do Brasil.
Entrevistamos Eugênio Mohallem, que nos contou um pouquinho sobre sua vida e seu trabalho de uma forma super descontraída.
Confira: 



VC4 - Como você começou a escrever?
Eugênio - Desde o Ginásio. O Professor de Português estimulava e premiava as melhores redações, conseguindo que fossem publicada no jornal semanal da cidade (era uma cidade pequena). Tomei gosto e passei a colaborar com  jornais locais de vez em quando,  desde os 12 anos.

VC4 - Como você começou sua trajetória profissional? Conte-nos um pouco de sua história.
Eugênio - Comecei como redator numa house agency da Editora Abril. Em seguida fui para a Lintas Worldwide (Atual Borghi Lowe). Depois DM9 ( atual DM9éDDB), Talent e AlmapBDDO, onde passei a diretor de Criação.  Depois parti para minhas próprias agências, Fallon São Paulo (em sociedade com a Fallon Worldwide), Mohallem Meirelles, Mohallem Artplan. Essa fase de criativo-empresário teve lá suas alegrias, mas era muita encheção de saco e engolição de sapo.  Daí, voltei às origens e estou há dois anos na criação da Young & Rubican.

VC4 - Como funciona o seu processo criativo?
Eugênio - Vou escrevendo sem filtro, sem censura e sem pressa de formular nada. Depois leio, edito e dou acabamento. 

VC4 - O que te inspira para criar?
Eugênio - Observar  pessoas e principalmente a mim mesmo. Acredito que, no que é mais básico, os seres humanos são iguais. O que vale para mim vale para os outros.

VC4 - Quando a inspiração não vem, o que fazer?
Eugênio - Citando Millôr: “Inspiração é ferramenta de amador". O profissional não pode  depender dela. Simplesmente vou tentando até achar que ficou bom ou meu prazo acabar. 

VC4 - Quais profissionais lhe influenciaram no decorrer de sua carreira?
Eugênio - Os Bam-bam-bans na época em que comecei:  Sylvio Lima, Washington Olivetto, Nizan Guanaes. Num segundo momento, Luiz Toledo, Ruy Lindemberg, Alexandre Gama, Mauro Perez (este, um diretor de arte), Marcello Serpa (este também) e Fabio Fernandes.

VC4 - Quais atributos você considera essenciais em um redator?
Eugênio - Ler muito, pensar muito, e não se esquecer do que esta profissão realmente trata, que é advogar para produtos, serviços e marcas.

VC4 - Por que você decidiu trabalhar com propaganda?
Eugênio - A ideia original era ser jornalista, fui profundamente influenciado pelo filme "Todos os Homens do Presidente" (em que jornalistas do Washington Post revelam o escândalo de Wartergate, que culminaria com a renúncia de Nixon). Mas os meus textos eram ácidos, a ditadura militar ainda metia medo e meu pai estava sempre no meu pé, receoso de que os Hômi me levassem e dessem sumiço. Assim, comecei a cogitar algo parecido, que me permitisse escrever sem tanta  - literalmente - patrulha , e me bandeei para a Publicidade. Hoje não tenho dúvida de que escolhi a profissão certa para mim – até porque a publicidade mente muito menos do que o jornalismo. 

VC4 - O que te inspira no mercado da propaganda?
Eugênio - Cuma? Nada. O mercado anda chatíssimo e deturpado.

VC4 - Qual o segredo do sucesso em publicidade?
Eugênio - Não faço a menor ideia. Além de muita gente boa que merece ter chegado onde chegou, vejo picaretas se dando muito bem, agências ruins  tomando clientes das boas, tem de tudo nesse meio. 

VC4 - Como os redatores devem preparar-se para trabalhar com novas mídias?
Eugênio - Midia é apenas o carteiro. O que importa é a carta.  As ditas novas mídias ( nem são tão novas assim) ainda não me convenceram como formato publicitário profissional. Terão  lugar de peso na propaganda um dia, mas por enquanto são como aquele ventilador sem pás da marca Dyson: fazem muito vento, mas não têm nada no meio.

VC4 - O que você acha dos cursos de comunicação e propaganda oferecidos no país? Quais são os prós e contras?
Eugênio - Na minha época, escola de comunicação não ensinava quase nada (é mesmo uma profissão difícil de ensinar) mas pelo menos não atrapalhava. As de hoje deformam os futuros profissionais, estragam os caras desde o começo: focam em anúncios "do tipo Cannes” - além do deslumbramento excessivo – pela desimportância econômica que têm - com mobile advertising, aplicativos,“ações”, etc. Pegue o dinheiro que você gastaria com escolas de comunicação e torre tudo em Paletas Mexicanas sabor melancia. Terá sido melhor gasto.

VC4 - Queremos conhecer um pouco mais sobre você. Conte-nos sobre suas músicas, filmes e livros favoritos.
Eugênio - Não sou um ouvinte ou leitor sofisticado, pelo contrário. Gosto de Heavy Metal, Romances Policiais, Filmes de Sci FI e terror. Tenho muita preguiça com livros de Não-ficção,  tendo a largá-los pela metade ou menos. 

VC4 - De qual trabalho seu você sente mais orgulho?
Eugênio - Pela repercussão internacional, o filme Double Check, para Volkswagen. Anúncios, gosto de vários.  Acho que no meu site tem mais de 300 que  posso dizer que gosto, razão pela qual fica difícil elencar alguns aqui.  Também tenho meus xodós em Rádio.
Mas não sei se a palavra certa é orgulho. Acho que é satisfação, realização pessoal, sei lá. Um gostinho bom.

VC4 - Que recado você gostaria de dar à nova geração publicitária?
Eugênio - Que a nova geração seja, não apenas uma nova geração, mas publicitária. Que não se esqueça que o valor de nosso trabalho está em fazer alguém investir uma pequena fortuna numa campanha – e esta campanha gerar fortunas ainda maiores para quem acreditou nela. Somos catalisadores da economia. Isso dito, nosso  foco  como mídia são as de massa. Nosso foco como produto são os que custam dinheiro e podem ser vendidos e comprados.  A geração atual só se interessa pelos penduricalhos da profissão: campanhas mobile, ações para três gatos pingados assistirem, aplicativos e campanhas bom-mocistas, do tipo “ salvem as baleias”.  Só que nada disso movimenta a economia, nada disso nos torna importantes para o anunciante. E quase nada disso é realmente propaganda. São, no máximos, gatilhos deflagradores para ações de P.R.

Acesso site e saiba um pouco mais sobre Eugênio: http://www.eugeniomohallem.com.br/

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Inspiração para criativos - Sebastião Salgado


Hoje o inspiração para criativos vai falar um pouquinho sobre o ilustre fotógrafo brasileiro que concorreu ao Oscar nesse domingo (22).
Sebastião Salgado nasceu no ano de 1944, em Minas Gerais.
Em 1969, devido a ditadura militar, mudou-se com sua esposa para Paris.
Formado em economia, Sebastião fez sua primeira sessão de fotos aos 29 anos, em uma de suas viagens de trabalho para a África. Para tirar essas fotos usou uma câmera Leica de sua esposa.
Começou assim uma carreira de entrega total ao que se tornou sua grande paixão.
Suas fotografias em preto e branco revelam personagens, lugares e acontecimentos que entraram para a história.
Sebastião passou pelas principais agências fotográficas da Europa, entre elas a Magnum Photos, cooperativa instituída por Robert Capa e Henri Cartier-Bresson.
Já publicou pelo menos 10 livros, conquistou prêmios importantes e recebeu honrarias na Europa e na América.
Apesar de sua importância profissional é conhecido por ser um homem muito simples e gentil.

O documentário "O Sal da Terra", que retrata sua vida e obra, concorreu ao Oscar.
O filme dirigido por seu filho Juliano Ribeiro Salgado, e pelo alemão Wim Wenders, foi selecionado entre 134 inscritos. Outros quatro filmes concorreram na mesma categoria.

"Esse filme tem uma mensagem muito forte para passar. Por ele, a gente vê as coisas através dos olhos do Sebastião, consegue arrumar um jeito de ter esperança apesar dos problemas e do pessimismo no mundo. É uma ideia de que é possível fazer um amanhã melhor." - Juliano Salgado

Infelizmente a estatueta ficou com o filme "CitizenFour", de Laura Poitras, o qual relata sobre o vazamento de segredos dos EUA por  Edward Snowden.
Mesmo sem ter levado esse prêmio, "O Sal da Terra" fez história e serve de inspiração para muitos brasileiros que têm verdadeira paixão por sua arte.

Confira o trailer de "O Sal da Terra":


sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Photoshop comemora 25 anos

Ontem, quinta-feira (19), o Photoshop comemorou 25 anos. Este software de manipulação de imagens é um dos principais do mundo.
Atualmente o programa é usado em uma infinidade de setores, ele está presente em todo lugar, nas revistas, nos filmes, na internet e em praticamente todas as imagens que nós vemos.
Para esta comemoração foi criado um comercial que irá passar durante o intervalo da cerimônia de premiação do Oscar, neste domingo (22).
O comercial é uma animação com a música tema "Dream On", do Aerosmith.

Confira: 

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

VC4 Entrevista - Raphael Günther

Hoje o "VC4 Entrevista" foi com um profissional de fotografia super conhecido na região.
Nossa entrevista foi com o professor e fotógrafo Raphael Günther, que nos contou um pouquinho sobre a sua vida profissional e a paixão que tem pela fotografia.
Confira:


VC4 - Desde quando você faz fotografia? O que te levou pra essa área?
Raphael  - Fotografo desde 2002-2003. Meu interesse surgiu durante o curso de Comunicação Social, nas disciplinas em que estudávamos Cinema. Descobri ali ao estudar a interação entre a luz, o
movimento e o som, que o meu grande interesse era de fato a Fotografia, pela capacidade de
resumir todo esse contexto informativo em uma única imagem estática.

VC4 - Qual sua formação como fotógrafo?
Raphael - Sou graduado em Comunicação Social - Publicidade & Propaganda pela FURB e especializado em Fotografia: Práxis e Discurso Fotográfico pela UEL. Fiz também cursos e workshops com nomes como Clício Barroso e Walter Firmo, entre outros.

VC4 - Você tem uma galeria online onde possamos ver suas fotos?
Raphael - www.raphaelgunther.com

VC4 - Qual é seu tipo de fotografia preferido?
Raphael - Comercialmente são a fotografia publicitária e a fotografia editorial, pela diversidade de temas e abordagens em que se envolve. Trabalha-se com alimentos, produtos, modelos, arquitetura,
processos industriais e executivos de grandes empresas, entre outros vários assuntos. E isso é
muito legal. Já a fotografia autoral penso ser impossível de categorizar, pois a obra de um artista é
reflexo de sua personalidade, de suas experiências de vida e de sua cultura. É absolutamente
única.

VC4 - O quê você tenta expressar em sua fotografia artística?
Raphel - Penso que a Fotografia deve flertar com o imaginário. Deve ser onírica. E não pode abrir mão disso, pois aí perde seu encantamento. As formas mais instintivas de incitar o sonho para mim
são o preto & branco, que nos tira imediatamente a percepção do real, e os desfoques, que
enaltecem uma forma eletiva de ver as cenas, separando o nítido/concreto do
embaciado/abstrato.

VC4- Descreva seu equipamento atual
Raphael - Sempre tive muito claro o pensamento de quê a câmera é só uma ferramenta. Se não é o piano que toca, mas sim o pianista, também não é a câmera que fotografa. É o fotógrafo. Certamente
que na fotografia comercial busco trabalhar com as melhores câmeras, lentes e equipamento de
luz disponíveis, pois existe uma necessidade técnica. Mas essa necessidade técnica não interfere
determinantemente na expressividade. No meu Instagram (@raphaelgunther), por exemplo, tenho
mais de 1200 fotografias, e todas elas, sem exceção, foram feitas com um telefone celular.

VC4 - Que mestres clássicos da fotografia são os que você mais admira?
Raphael - Henri Cartier-Bresson e Sebastião Salgado. E ambos me inspiram além da Fotografia.

VC4 - A tecnologia e o retoque digital estão reduzindo a diferença entre profissionais e
amadores?
Raphael - Nunca se produziram tantas imagens quanto atualmente. Boas e ruins. Nunca houveram tantas oportunidades. Também nunca houve tanta disputa por essas oportunidades. É tudo
característica da popularização da Fotografia. E estamos bem no meio dessa vivência, o que
torna difícil qualquer conclusão.

VC4 - Você se considera mais técnico ou artista?
Raphael - Comparo muito Fotografia à Música. A câmera é um instrumento, e é essencial saber tocar esse instrumento e dominar a técnica, pois ela não pode ser um limitador para a expressividade
artística. Cada fotógrafo deve buscar compreender em si mesmo quanto conhecimento técnico é
necessário para fazer sua arte. Não existem pesos e medidas definitivas.

VC4 - Que conselhos você daria à alguém que quer ser fotógrafo?
Raphael - Que compreenda a responsabilidade que tem ao traduzir o mundo em imagens. Que fuja do instantâneo e do descartável, pois a Fotografia tem o poder de controlar o tempo, mas precisa de
tempo para observar, pensar, produzir, compartilhar e valorizar-se. Que não se deixe influenciar
pelo modismo das imagens nas redes sociais e acredite em sua expressão artística e criação
autoral. E que se entrar na fotografia comercial, compreenda que existem o marketing e os
negócios, mas que o business não pode ser maior do que a arte, jamais.

Veja agora alguns trabalhos de Raphael Günther: 

Retratos para Exame, Você S/A e Valor Econômico

Campanha Rádio 105 FM pela VC4

Fotografias Publicitárias para Marisol

Fotografias de Alimentos para Du Chocolat

Fotografias de Produtos para NGT Top Tools

Projeto Pessoal "Julho no Parque"

Projeto Pessoal "Veteranos da II Guerra Mundial"


Mais trabalhos em: www.raphaelgunther.com

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Inspiração para criativos – Pintores com a Boca e os Pés

Olha quem voltou para o blog! O inspiração para criativos :)

E o tema que vamos falar hoje é mais que especial, daqueles que inspiram a mente e a alma.
Sabe aquelas pessoas que pintam quadros como ninguém? Hoje vamos falar um pouquinho sobre artistas que dão suas pinceladas com a boca e os pés.
Em 1956, Erich Stegmann fundou a Associação dos Pintores com a Boca e os Pés, que reúne artistas não possuem mãos, mas mesmo assim expressam sua arte.
A associação tem proporcionado a estes artistas uma condição de vida independente, que se beneficiam da venda e reprodução de suas pinturas, transformadas em cartões de natal, calendários e outras peças.
O mais bacana é que esta associação não é beneficente, mas sim uma maneira de grandes artistas se unirem para expressar a sua arte, sem que haja ofertas de caridade. Os Pintores com a Boca e os Pés competem de maneira igual com qualquer outro artista.
A sensibilidade vai além das fronteiras físicas, onde a expressão e a beleza da arte se reúnem em pinceladas certeiras, onde bocas e pés se tornam instrumentos para reprodução de lindas telas.

Para inspirar ainda mais, veja alguns dos trabalhos e artistas da Associação:

O fundador da Associação, Erich Stegmann 










quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

VC4 cria para DinâmicaMI

Nova campanha criada pela VC4 já está na mídia.
A Dinâmica Mídia Interativa é uma agência focada no meio digital, contando com a criação de websites, hospedagens, domínios, criação de aplicativos, entre outros.
O objetivo da campanha foi demonstrar aos pequenos e médios empresários os benefícios que eles podem ter incluindo sua empresa no meio digital. Com a Dinamica MI a sua empresa vai além de seu espaço físico, podendo atender aos clientes da melhor maneira.
Veja algumas peças: