terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

VC4 Entrevista - Eugênio Mohallem

Hoje o "VC4 Entrevista" foi com um dos mais renomados publicitários do Brasil.
Entrevistamos Eugênio Mohallem, que nos contou um pouquinho sobre sua vida e seu trabalho de uma forma super descontraída.
Confira: 



VC4 - Como você começou a escrever?
Eugênio - Desde o Ginásio. O Professor de Português estimulava e premiava as melhores redações, conseguindo que fossem publicada no jornal semanal da cidade (era uma cidade pequena). Tomei gosto e passei a colaborar com  jornais locais de vez em quando,  desde os 12 anos.

VC4 - Como você começou sua trajetória profissional? Conte-nos um pouco de sua história.
Eugênio - Comecei como redator numa house agency da Editora Abril. Em seguida fui para a Lintas Worldwide (Atual Borghi Lowe). Depois DM9 ( atual DM9éDDB), Talent e AlmapBDDO, onde passei a diretor de Criação.  Depois parti para minhas próprias agências, Fallon São Paulo (em sociedade com a Fallon Worldwide), Mohallem Meirelles, Mohallem Artplan. Essa fase de criativo-empresário teve lá suas alegrias, mas era muita encheção de saco e engolição de sapo.  Daí, voltei às origens e estou há dois anos na criação da Young & Rubican.

VC4 - Como funciona o seu processo criativo?
Eugênio - Vou escrevendo sem filtro, sem censura e sem pressa de formular nada. Depois leio, edito e dou acabamento. 

VC4 - O que te inspira para criar?
Eugênio - Observar  pessoas e principalmente a mim mesmo. Acredito que, no que é mais básico, os seres humanos são iguais. O que vale para mim vale para os outros.

VC4 - Quando a inspiração não vem, o que fazer?
Eugênio - Citando Millôr: “Inspiração é ferramenta de amador". O profissional não pode  depender dela. Simplesmente vou tentando até achar que ficou bom ou meu prazo acabar. 

VC4 - Quais profissionais lhe influenciaram no decorrer de sua carreira?
Eugênio - Os Bam-bam-bans na época em que comecei:  Sylvio Lima, Washington Olivetto, Nizan Guanaes. Num segundo momento, Luiz Toledo, Ruy Lindemberg, Alexandre Gama, Mauro Perez (este, um diretor de arte), Marcello Serpa (este também) e Fabio Fernandes.

VC4 - Quais atributos você considera essenciais em um redator?
Eugênio - Ler muito, pensar muito, e não se esquecer do que esta profissão realmente trata, que é advogar para produtos, serviços e marcas.

VC4 - Por que você decidiu trabalhar com propaganda?
Eugênio - A ideia original era ser jornalista, fui profundamente influenciado pelo filme "Todos os Homens do Presidente" (em que jornalistas do Washington Post revelam o escândalo de Wartergate, que culminaria com a renúncia de Nixon). Mas os meus textos eram ácidos, a ditadura militar ainda metia medo e meu pai estava sempre no meu pé, receoso de que os Hômi me levassem e dessem sumiço. Assim, comecei a cogitar algo parecido, que me permitisse escrever sem tanta  - literalmente - patrulha , e me bandeei para a Publicidade. Hoje não tenho dúvida de que escolhi a profissão certa para mim – até porque a publicidade mente muito menos do que o jornalismo. 

VC4 - O que te inspira no mercado da propaganda?
Eugênio - Cuma? Nada. O mercado anda chatíssimo e deturpado.

VC4 - Qual o segredo do sucesso em publicidade?
Eugênio - Não faço a menor ideia. Além de muita gente boa que merece ter chegado onde chegou, vejo picaretas se dando muito bem, agências ruins  tomando clientes das boas, tem de tudo nesse meio. 

VC4 - Como os redatores devem preparar-se para trabalhar com novas mídias?
Eugênio - Midia é apenas o carteiro. O que importa é a carta.  As ditas novas mídias ( nem são tão novas assim) ainda não me convenceram como formato publicitário profissional. Terão  lugar de peso na propaganda um dia, mas por enquanto são como aquele ventilador sem pás da marca Dyson: fazem muito vento, mas não têm nada no meio.

VC4 - O que você acha dos cursos de comunicação e propaganda oferecidos no país? Quais são os prós e contras?
Eugênio - Na minha época, escola de comunicação não ensinava quase nada (é mesmo uma profissão difícil de ensinar) mas pelo menos não atrapalhava. As de hoje deformam os futuros profissionais, estragam os caras desde o começo: focam em anúncios "do tipo Cannes” - além do deslumbramento excessivo – pela desimportância econômica que têm - com mobile advertising, aplicativos,“ações”, etc. Pegue o dinheiro que você gastaria com escolas de comunicação e torre tudo em Paletas Mexicanas sabor melancia. Terá sido melhor gasto.

VC4 - Queremos conhecer um pouco mais sobre você. Conte-nos sobre suas músicas, filmes e livros favoritos.
Eugênio - Não sou um ouvinte ou leitor sofisticado, pelo contrário. Gosto de Heavy Metal, Romances Policiais, Filmes de Sci FI e terror. Tenho muita preguiça com livros de Não-ficção,  tendo a largá-los pela metade ou menos. 

VC4 - De qual trabalho seu você sente mais orgulho?
Eugênio - Pela repercussão internacional, o filme Double Check, para Volkswagen. Anúncios, gosto de vários.  Acho que no meu site tem mais de 300 que  posso dizer que gosto, razão pela qual fica difícil elencar alguns aqui.  Também tenho meus xodós em Rádio.
Mas não sei se a palavra certa é orgulho. Acho que é satisfação, realização pessoal, sei lá. Um gostinho bom.

VC4 - Que recado você gostaria de dar à nova geração publicitária?
Eugênio - Que a nova geração seja, não apenas uma nova geração, mas publicitária. Que não se esqueça que o valor de nosso trabalho está em fazer alguém investir uma pequena fortuna numa campanha – e esta campanha gerar fortunas ainda maiores para quem acreditou nela. Somos catalisadores da economia. Isso dito, nosso  foco  como mídia são as de massa. Nosso foco como produto são os que custam dinheiro e podem ser vendidos e comprados.  A geração atual só se interessa pelos penduricalhos da profissão: campanhas mobile, ações para três gatos pingados assistirem, aplicativos e campanhas bom-mocistas, do tipo “ salvem as baleias”.  Só que nada disso movimenta a economia, nada disso nos torna importantes para o anunciante. E quase nada disso é realmente propaganda. São, no máximos, gatilhos deflagradores para ações de P.R.

Acesso site e saiba um pouco mais sobre Eugênio: http://www.eugeniomohallem.com.br/

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Inspiração para criativos - Sebastião Salgado


Hoje o inspiração para criativos vai falar um pouquinho sobre o ilustre fotógrafo brasileiro que concorreu ao Oscar nesse domingo (22).
Sebastião Salgado nasceu no ano de 1944, em Minas Gerais.
Em 1969, devido a ditadura militar, mudou-se com sua esposa para Paris.
Formado em economia, Sebastião fez sua primeira sessão de fotos aos 29 anos, em uma de suas viagens de trabalho para a África. Para tirar essas fotos usou uma câmera Leica de sua esposa.
Começou assim uma carreira de entrega total ao que se tornou sua grande paixão.
Suas fotografias em preto e branco revelam personagens, lugares e acontecimentos que entraram para a história.
Sebastião passou pelas principais agências fotográficas da Europa, entre elas a Magnum Photos, cooperativa instituída por Robert Capa e Henri Cartier-Bresson.
Já publicou pelo menos 10 livros, conquistou prêmios importantes e recebeu honrarias na Europa e na América.
Apesar de sua importância profissional é conhecido por ser um homem muito simples e gentil.

O documentário "O Sal da Terra", que retrata sua vida e obra, concorreu ao Oscar.
O filme dirigido por seu filho Juliano Ribeiro Salgado, e pelo alemão Wim Wenders, foi selecionado entre 134 inscritos. Outros quatro filmes concorreram na mesma categoria.

"Esse filme tem uma mensagem muito forte para passar. Por ele, a gente vê as coisas através dos olhos do Sebastião, consegue arrumar um jeito de ter esperança apesar dos problemas e do pessimismo no mundo. É uma ideia de que é possível fazer um amanhã melhor." - Juliano Salgado

Infelizmente a estatueta ficou com o filme "CitizenFour", de Laura Poitras, o qual relata sobre o vazamento de segredos dos EUA por  Edward Snowden.
Mesmo sem ter levado esse prêmio, "O Sal da Terra" fez história e serve de inspiração para muitos brasileiros que têm verdadeira paixão por sua arte.

Confira o trailer de "O Sal da Terra":


sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Photoshop comemora 25 anos

Ontem, quinta-feira (19), o Photoshop comemorou 25 anos. Este software de manipulação de imagens é um dos principais do mundo.
Atualmente o programa é usado em uma infinidade de setores, ele está presente em todo lugar, nas revistas, nos filmes, na internet e em praticamente todas as imagens que nós vemos.
Para esta comemoração foi criado um comercial que irá passar durante o intervalo da cerimônia de premiação do Oscar, neste domingo (22).
O comercial é uma animação com a música tema "Dream On", do Aerosmith.

Confira: 

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

VC4 Entrevista - Raphael Günther

Hoje o "VC4 Entrevista" foi com um profissional de fotografia super conhecido na região.
Nossa entrevista foi com o professor e fotógrafo Raphael Günther, que nos contou um pouquinho sobre a sua vida profissional e a paixão que tem pela fotografia.
Confira:


VC4 - Desde quando você faz fotografia? O que te levou pra essa área?
Raphael  - Fotografo desde 2002-2003. Meu interesse surgiu durante o curso de Comunicação Social, nas disciplinas em que estudávamos Cinema. Descobri ali ao estudar a interação entre a luz, o
movimento e o som, que o meu grande interesse era de fato a Fotografia, pela capacidade de
resumir todo esse contexto informativo em uma única imagem estática.

VC4 - Qual sua formação como fotógrafo?
Raphael - Sou graduado em Comunicação Social - Publicidade & Propaganda pela FURB e especializado em Fotografia: Práxis e Discurso Fotográfico pela UEL. Fiz também cursos e workshops com nomes como Clício Barroso e Walter Firmo, entre outros.

VC4 - Você tem uma galeria online onde possamos ver suas fotos?
Raphael - www.raphaelgunther.com

VC4 - Qual é seu tipo de fotografia preferido?
Raphael - Comercialmente são a fotografia publicitária e a fotografia editorial, pela diversidade de temas e abordagens em que se envolve. Trabalha-se com alimentos, produtos, modelos, arquitetura,
processos industriais e executivos de grandes empresas, entre outros vários assuntos. E isso é
muito legal. Já a fotografia autoral penso ser impossível de categorizar, pois a obra de um artista é
reflexo de sua personalidade, de suas experiências de vida e de sua cultura. É absolutamente
única.

VC4 - O quê você tenta expressar em sua fotografia artística?
Raphel - Penso que a Fotografia deve flertar com o imaginário. Deve ser onírica. E não pode abrir mão disso, pois aí perde seu encantamento. As formas mais instintivas de incitar o sonho para mim
são o preto & branco, que nos tira imediatamente a percepção do real, e os desfoques, que
enaltecem uma forma eletiva de ver as cenas, separando o nítido/concreto do
embaciado/abstrato.

VC4- Descreva seu equipamento atual
Raphael - Sempre tive muito claro o pensamento de quê a câmera é só uma ferramenta. Se não é o piano que toca, mas sim o pianista, também não é a câmera que fotografa. É o fotógrafo. Certamente
que na fotografia comercial busco trabalhar com as melhores câmeras, lentes e equipamento de
luz disponíveis, pois existe uma necessidade técnica. Mas essa necessidade técnica não interfere
determinantemente na expressividade. No meu Instagram (@raphaelgunther), por exemplo, tenho
mais de 1200 fotografias, e todas elas, sem exceção, foram feitas com um telefone celular.

VC4 - Que mestres clássicos da fotografia são os que você mais admira?
Raphael - Henri Cartier-Bresson e Sebastião Salgado. E ambos me inspiram além da Fotografia.

VC4 - A tecnologia e o retoque digital estão reduzindo a diferença entre profissionais e
amadores?
Raphael - Nunca se produziram tantas imagens quanto atualmente. Boas e ruins. Nunca houveram tantas oportunidades. Também nunca houve tanta disputa por essas oportunidades. É tudo
característica da popularização da Fotografia. E estamos bem no meio dessa vivência, o que
torna difícil qualquer conclusão.

VC4 - Você se considera mais técnico ou artista?
Raphael - Comparo muito Fotografia à Música. A câmera é um instrumento, e é essencial saber tocar esse instrumento e dominar a técnica, pois ela não pode ser um limitador para a expressividade
artística. Cada fotógrafo deve buscar compreender em si mesmo quanto conhecimento técnico é
necessário para fazer sua arte. Não existem pesos e medidas definitivas.

VC4 - Que conselhos você daria à alguém que quer ser fotógrafo?
Raphael - Que compreenda a responsabilidade que tem ao traduzir o mundo em imagens. Que fuja do instantâneo e do descartável, pois a Fotografia tem o poder de controlar o tempo, mas precisa de
tempo para observar, pensar, produzir, compartilhar e valorizar-se. Que não se deixe influenciar
pelo modismo das imagens nas redes sociais e acredite em sua expressão artística e criação
autoral. E que se entrar na fotografia comercial, compreenda que existem o marketing e os
negócios, mas que o business não pode ser maior do que a arte, jamais.

Veja agora alguns trabalhos de Raphael Günther: 

Retratos para Exame, Você S/A e Valor Econômico

Campanha Rádio 105 FM pela VC4

Fotografias Publicitárias para Marisol

Fotografias de Alimentos para Du Chocolat

Fotografias de Produtos para NGT Top Tools

Projeto Pessoal "Julho no Parque"

Projeto Pessoal "Veteranos da II Guerra Mundial"


Mais trabalhos em: www.raphaelgunther.com

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Inspiração para criativos – Pintores com a Boca e os Pés

Olha quem voltou para o blog! O inspiração para criativos :)

E o tema que vamos falar hoje é mais que especial, daqueles que inspiram a mente e a alma.
Sabe aquelas pessoas que pintam quadros como ninguém? Hoje vamos falar um pouquinho sobre artistas que dão suas pinceladas com a boca e os pés.
Em 1956, Erich Stegmann fundou a Associação dos Pintores com a Boca e os Pés, que reúne artistas não possuem mãos, mas mesmo assim expressam sua arte.
A associação tem proporcionado a estes artistas uma condição de vida independente, que se beneficiam da venda e reprodução de suas pinturas, transformadas em cartões de natal, calendários e outras peças.
O mais bacana é que esta associação não é beneficente, mas sim uma maneira de grandes artistas se unirem para expressar a sua arte, sem que haja ofertas de caridade. Os Pintores com a Boca e os Pés competem de maneira igual com qualquer outro artista.
A sensibilidade vai além das fronteiras físicas, onde a expressão e a beleza da arte se reúnem em pinceladas certeiras, onde bocas e pés se tornam instrumentos para reprodução de lindas telas.

Para inspirar ainda mais, veja alguns dos trabalhos e artistas da Associação:

O fundador da Associação, Erich Stegmann 










quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

VC4 cria para DinâmicaMI

Nova campanha criada pela VC4 já está na mídia.
A Dinâmica Mídia Interativa é uma agência focada no meio digital, contando com a criação de websites, hospedagens, domínios, criação de aplicativos, entre outros.
O objetivo da campanha foi demonstrar aos pequenos e médios empresários os benefícios que eles podem ter incluindo sua empresa no meio digital. Com a Dinamica MI a sua empresa vai além de seu espaço físico, podendo atender aos clientes da melhor maneira.
Veja algumas peças: